Balística interna, externa e terminal: Como funciona?

Seja você um atirador de longa data, ou um mero curioso, o fato é que todos que ja tiveram contato com arma de fogo já se perguntaram o que acontece com o projétil (ou bala) em um disparo de arma de fogo. Para explicar isso existe a Balística.

A Balística é a ciência que estuda o movimento dos projéteis. O termo vem do Grego Ballo que significa atirar ou arremessar e ICA que se refere a tecnica, arte ou conhecimento.
A balística se divide em três classificações: Balística Interna, Balística Externa e Balística Terminal;

Balística Interna

A Balística interna estuda os fenômenos que acontecem dentro da arma durante o disparo. Desde o momento em que há a detonação da espoleta até o momento que o projétil sai do cano da arma. Incluindo também as características da arma, seu funcionamento e mecanismos, já que o material, a espessura do cano, a quantidade e o sentido das raias, e diversos outros fatores podem influenciar diretamente a balística interna. Como veremos a seguir:

Fatores que podem influenciar na Balística Interna:

• Precisão de medidas internas e externas do armamento e munição;
• Passo de raiamento do cano (e relação com a munição);
• Densidade equânime do material do cano;
• Flutuabilidade do cano;
• Alinhamento da munição com o centro do cano;
• Alinhamento do projétil com o centro do estojo;
• Temperatura interna do sistema de armas;
• Limpeza do sistema de armas;
• Consistência dos picos de pressão da carga propelente na câmara.

Movimentos Harmônicos

A partir da detonação da espoleta, o cano reage e temos os movimentos harmonicos. Que são:

• Chicotada;
• Recuo;
• Torção;
• Vibração;
• Dilatação e Contração;
• Flexão.
Todos estes fenômenos ocorrem no cano durante um disparo. Vamos agora ver a importância do cano e mais detalhes sobre estes processos já mencionados.

Cano

O cano é o mais importante na arma de fogo. Sem o cano seria impossível fazer um disparo ter um aproveitamento letal. É no cano que a energia do disparo é direcionada para o projétil e onde o projétil tem sua rotação estabelecida. Uma mesma arma pode produzir disparos com resultados totalmente diferentes em razão da configuração do cano utilizado, seja pelo tamanho, espessura, composição, forma de fabricação etc.

O cano é composto de três partes: Câmara, corpo e coroa.

  • Câmara: É o local onde a munição fica pronta para ser disparada. Por ser o local onde ocorre a contenção da queima inicial, a câmara sofre o maior pico de pressão do disparo, e a câmara serve exatamente para conter a pressão e direcionar para o projétil se deslocar para a boca do cano.
  • Corpo do cano: É o prolongamento cilíndrico que vai acelerar, direcionar e, nos casos das almas raiadas, rotacionar o projétil. O comprimento influencia diretamente no aproveitamento da queima, sendo assim, influencia na velocidade e na energia do projetil.
  • Coroa: A coroa serve como proteção das raias e da boca do cano. Visto que todas as raias tem que acabar de maneira uniforme, e qualquer interferência neste ponto pode ocasionar vasamento desigual de gases pelas raias e desestabilização do projétil.
  • Chokes: Exclusivos em armas de alma lisa, os chokes são afuniladores da boca do cano que servem para agrupar o chumbo, determinando o grupamento dos balins conforme cada choke.

Balística Externa

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